
Agora que estavam afiados, um mega evento estava programado para os caras do C-13. A banda já tinha música própria e até fã clube, organizado pelo “Galo Cego”, que até hoje não conseguiu passar de dois associados, o próprio Galo e o Paulinho Loco. A idéia das músicas próprias surgiu de repente, quando Ivan e Valter brincavam antes dos ensaios com um blues inventado meio “nas coxas”. Quando Celso chegou e ouviu o blues, apareceu com uma letra no outro dia, onde contava sobre o início da banda. Surgiu aí a mais pedida “Como é Bom Tocar o Blues”, e logo em seguida, a “lentosa” da banda que atingia os corações “da mulherada”, intitulada Reencontro. A banda já estava tomando formato comercial, com tanta badalação. E por incrível que pareça, o pessoal gostava mesmo. Foi aí que surgiu o primeiro convite para um “mega evento” na Praça da Apoteósi do Jardim Patente, exatamente ao lado do C.D.M. (Clube Desportivo Municipal), onde o C-13 estaria tocando com o Grupo Algodão Doce (naquele tempo já existia estes grupos de meninas “patricinhas” que cantavam e dançavam) e o tão consagrado Rei do Rock “Elvis Presley”. Este show aconteceria em cima de um caminhão, e estava sendo patrocinado por um político, que ninguém até hoje sabe o nome. Tudo pronto, aparelhagem montada. O Grupo Algodão Doce foi o primeiro a subir no palco. As três meninas não tinham mais de 12 anos, mesmo assim, o visual debaixo do caminhão era bem agradável para 4 músicos que ainda estavam curtindo a adolescência. O C-13 subiu no palco (carroceria) logo em seguida, apresentando as duas músicas próprias. A galera mais jovem curtiu muito, enquanto o pessoal mais velho acabava de descobrir quem eram os caras que faziam barulho no bairro todo domingo à tarde. E era chegada a grande hora de conhecer o “Rei do Rock” de perto. Ele estava atrasado, pois havia ficado preso no caótico trânsito de São Paulo (quem disse que as coisas mudam?). De repente, uma multidão se afasta para chegada de um Ford Landau modelo LTD, ano 1973, branco, que acabava de encostar ao lado do “caminhão palco”. O motorista desceu do carro para abrir a porta para o tão esperado “Rei do Rock”. Elvis Presley, com sua roupa "quimono" branca, óculos escuros, topetão. A euforia tomou conta do Patente. Eis que o Rei do Rock surge no palco, cantando uma versão tupiniquim de “Kiss me Quick”. Depois desta aventura, qualquer show seria uma "baba" para os quatro rapazes do Código 13. Eles podiam dizer que foram abençoados, pois tocaram com o Rei do Rock “Elvis da Silva Presley”. A partir daí, até Raulzito invejava essa banda.





