quinta-feira, setembro 16, 2004

7. Married about 13


E pensar que Código 13 referia-se aos integrantes da banda. Quem em sã consciência chamaria uma banda de rock para tocar na festa de seu casamento, ainda mais sabendo que C-13 referia-se a “doentes mentais”. Pois a irmã do baixista pediu a gentileza para que Ivan convidasse o seu pessoal a tocar no casamento dela. Unanimidade!!! Era a oportunidade de mostrar a nova e então definida formação. O casamento seria realizado em São João Clímaco, próximo ao Jardim Patente, em um salão enorme, porém, com um detalhe: sem palco. Mas como tocar sem palco? Isso não era problema para um grande amigo da banda que se empenhou o máximo a montar um palco de madeira, às pressas, no meio do salão. Tonhão, o marceneiro. Tonhão era um pacato amigão que não desgrudava da banda. Cabeludo, com um bigode de “Biro-Biro”, curtia um som “paulêra”. Morava na marcenaria, onde possuía alguns artefatos que enfeitavam seu sótão, onde dormia. Uma bomba do Exército Americano ficava pendurada no meio do teto. Um semáforo iluminava o ambiente, sempre que ouvia Pink Floyd no último volume. As placas de trânsito substituíam os quadros na parede. Possuía um estranho animal de estimação que, dizia ele, era seu “cão” de guarda: um peru, que devido à criação com os cachorros, havia aprendido a latir, e a cada vez que Tonhão assoviava, vinha correndo como se fosse um Dog Alemão. Não era muito amigável com estranhos. Em um de seus ataques aos amigos, Tonhão ficou furioso e o trancou na garagem com o carro ligado. Lá se foi o peru, morto por asfixia de gás carbônico. Isso não era nada, comparado com o “Dia da Cremação”, onde Tonhão pegava as ratazanas, tingia-os com querosene e ateava fogo, o que ele chamava de “pequenos cometas roedores”. Assustados???? Pois pasmem: Tonhão não bebia, não fumava e era totalmente contra as drogas. Um verdadeiro código 13. Mas voltemos ao casamento. Tudo pronto, palco montado, banda calibrada (com cervejas é claro!) e chega o momento do grande show. O que parecia impossível virou “festa da casa”. A banda começou leve, com rock nacional, moderado, mas depois da 5ª cerveja, vale tudo. Rock and Roll na veia. O noivo pulava, a noiva gritava, tudo era festa. Todos dançavam ao som de Led Zeppelin, Van Halen, Deep Purple, Rolling Stones e até mesmo Iron Maden. Doidera total e inesquecível. O que era para ser uma festa de casamento seria para a banda a confirmação de uma grande harmonia e entrosamento destes quatro rapazes. Estavam prontos para enfrentar o mundão e cair na estrada.

Um comentário:

Anônimo disse...

Puta show!!!!!

Só não lembro de nada, aminésia alcóolica!

Van Varte